dezembro 2010

O Complexo do Alemão


Tensão, pânico, pavor... sentimentos comuns para quem conhecia o Alemão.
Ninguém sabia mais o que fazer, alguns escolheram deixar o lugar, ir embora.
As pessoas não aguentavam mais tanta tortura. Era um martírio, uma luta.
Pessoas tentaram, inutilmente ajudar o Alemão, melhorar o astral que
sempre estava baixo, sempre com uma tensão no ar. Clima estranho.
Naquele dia fatídico, o chororô tomou conta do lugar. Todos tentaram
melhorar o ânimo. Ninguém conseguiu. Ninguém era capaz de fazer aquele
gringo Alemão abandonar seu complexo por não saber dançar.

Rodrigo Santos

Dexter


Ia escrever um conto nesse post, mas minha atual leitura e minha mais nova série preferida me fez prestar mais atenção em mim. Na última segunda feira (06/02/2010) estreou na Rede TV a série DEXTER e eu, que há muito tempo, queria ver a série fiquei acordado até que começasse. No dia seguinte começaram as pesquisas sobre a série. Descobri que ela foi baseada em um livro que prontamente fiz questão de procurar. Só hoje, devorei 10 capítulos de uma vez sem nem ver o final da tarde virar noite.


Poderia dizer aqui que não sei o porque desse meu interesse no personagem, mas me identifiquei com ele. A maneira como ele observa o mundo e a maneira como age me fascinam. Não posso dizer que sou um homicida, mas por várias vezes já tive vontade de matar alguém. É, de vez em quando acontece e, que jogue a primeira pedra, quem nunca teve essa vontade. Mas o personagem é mais complexo do que isso. Ele se descreve como sendo vazio, como um não-humano (se é que posso chamar assim) sem sentimentos e que faz as coisas, pelo simples fato, de parecer normal aos olhos dos "humanos comuns".
Lido bem com a morte, o que pode fazer de mim uma pessoa fria ou "sem sentimentos" pelo outro. Sempre lidei muito bem com isso. Lembro até hoje a naturalidade com que eu disse no colégio, aos nove anos, que meu avô tinha morrido. Pra mim era só mais um dia normal. O que passou, passou. Sempre fiz parte dessa política.
Já fiz muitas coisas ruins (ou erradas, como quiser chamar) e gostava, vibrava, entrava em êxtase quando davam certo. Sempre fiz meu papel, aquele simpático que cativa as pessoas, às vezes tímido, mas sempre bem agradável. Não que eu não seja assim, tenho minhas qualidades, mas nem sempre quero ser assim, nem sempre quero ESTAR assim. Às vezes só quero que todo o resto do mundo evapore pra eu poder sem quem eu REALMENTE sou.

Nem sei o porque de escrever tudo isso, mas essa série me causa um frenesi sem tamanho. E ler a história tá me fazendo viajar ainda mais nesse mundinho insano de um personagem assassino. Não sei, sinceramente, o que faria se pudesse matar algo ou alguém. Tenho medo de mim e da minha intuição com as coisas (o que eu, carinhosamente, chamo de a VOZ). Ela é mais forte que uma simples intuição, ela é como aquela história do anjinho e o diabinho, sempre soprando no seu ouvido o que você deve ou não fazer. É louco, e por que não dizer insano.