maio 2011

Rapidinhas



Solitude

Um apartamento vazio sem móveis. Chamar um táxi com passageiro. Perder um ônibus. Uma mão no ar. Um mendigo. O eco. Um deserto. A morte. Uma dor. Telefone mudo. Um serial killer. Um voyeur. Uma puta. TV ligada. Um paciente sem acompanhante. Réveillon sem abraço. Geladeira vazia. Órfão. Insônia. Masturbação. Monólogo. Cama de solteiro. Uma sepultura. Vomitar. Uma cama arrumada. Suécia. Nissin Miojo. Um faroleiro. Passarinho na gaiola. Cozinhar para si. Acordar sozinho. Tomar uma cerveja sozinho. Almoçar um PF sozinho. Sair sozinho. Viajar sozinho. Não dormir com o barulho de uma goteira. Assistir ao Faustão. Passar no caixa de “10 Volumes” do supermercado. Ouvir dezenove vezes a mesma música. Aprender a cozinhar. Conversar em voz alta consigo mesmo. Conversar com um estranho no balcão do bar. Não existe mesa para um, só para dois.

Texto escrito por Matheus Tapioca em www.farinhademandioca.net


Sem sentido

Vida estranha
Me arranca as intranhas
Me tira do rumo, do prumo

Vida estranha
Me arranha, me joga no chão
Me morde, me assopra, me cobra

Vida estranha
Sem sentido, sem razão
Sem amigos, sem tesão

Vida estranha
Me leva daqui
Faz o que quer de mim
Me mata, me arrasa
Me afasta...
 
Textículo escrito por Rodrigo Santos (Eu) ;D
 
 
Bom, é só. Obrigado pela visita, volte sempre e apaga a luz antes de sair, ok!?