2011

2011 aqui jaz


É, mais um ano passou e muita coisa aconteceu... termino esse ano com um saldo positivo. Apesar de um valor um tanto baixo, tiveram coisas boas pelo caminho que valem ser lembradas. Há algumas semanas realizei o sonho de toda uma vida, um dos meus sonhos de criança: conhecer a eterna Rainha dos Baixinhos, Xuxa.
Na primeira oportunidade que surgiu de conhecer essa que fez parte da minha vida desde antes mesmo de eu nascer melou, mas acho que não devia ser a hora certa. Sabe como é, peças que o destino prega na gente.

O ano foi marcado por muitas mudanças, pessoais e profissionais. Esse ano me aventurei por um mar desconhecido quando resolvi largar o escritório e trabalhar em outro. Antes de ir, eu estava nas nuvens com as possibilidades e possíveis oportunidades que eu poderia ter, mas é aquela coisa: eu sai do outro escritório, mas ele não saiu de mim.
Quando o meu substituto tentou roubar o escritório, eu voltei a vestir a camisa e fiz o que eu pude pra evitar o tal roubo. Com isso, depois de pouco mais de uma semana, eu voltei para aquele que me acolheu quando nem o Mc Donalds queria.

Sofri algumas perdas esse ano, que embora pequenas, me fizeram parar e repensar meu trajeto até aqui. E quantos erros cometidos... alguns, levei fama de cometer sem tê-los cometido. Me fiz perguntei diversas vezes como lidar com isso até poder chegar aqui hoje e dizer, de coração aberto, que eu fiz o que eu pude e até o que não podia pra não cometer os erros do passado. E tenho total consciência de que fui o mais paciente possível e cometi o menor número de erros que pude.

Não tenho escrito nada aqui desde Novembro, quando os problemas realmente começaram. Quem convive comigo e me acompanha no dia a dia, sabe que meu pai se "casou" de novo e insistiu que minha irmã e eu fossêmos com ele. Confesso que nunca vivi bem naquela casa, a convivência sempre foi difícil, mas engoli todos os sapos pelo meu pai, porque sabia que ele estava bem, se sentia feliz.
 
"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí."

Por motivos banais, a esposa dele o fez escolher entre ela e eu. E para minha surpresa, a resposta está bem aqui, estou escrevendo esse post da casa da minha avó, que chegou hoje do hospital, depois de uma cirurgia e que quer proteger tanto os outros que, às vezes, até nos sufoca.

Se fosse fazer uma retrospectiva rápida começaria com a saída do escritório e depois a volta, o fechamento do restaurante onde almoçava, ser barrado na gráfica onde passava a hora do almoço, perder a companhia de almoço e de volta do trabalho, ter que deixar minha irmã e sair de casa, enfim, o ano não foi tão bom quanto eu esperava, mas fechou bem. Se aquela loira soubesse como ela salvou meu ano...

Para o próximo ano teremos novidades, planejamos uma espécie de reality e apostamos, umas primas e eu, que quem perder mais peso ganharia uma cesta de chocolates. Pode parecer meio contraditório, perder e depois ganhar, mas acredito que seja uma espécie de incentivo, porque perder por perder, acho que ninguém quer.

No próximo ano, que na numerologia vai ser o meu ano, o ano 5, quero fazer tudo que deixei pendente esse ano e fazer tudo que estiver ao meu alcance pra ser feliz de forma verdadeira e plena. Não quero só estar feliz, mas ser feliz...


 "Não escrito na testa quando a pessoa não presta. Só resta esperar, pois o tempo dirá. Quando se ganha um rosa, tão delicada e formosa tem que levar os espinhos também..."

 
Agora só me resta desejar um feliz ano 2012 com tudo de melhor pra você e pra mim...
Até o ano que vem!! Forte abraço.
Ass.: Rodrigo Santos

O preço do táxi


Um indivíduo saiu para jogar bingo com 100 reais. Ao longo da noite, ele perdeu quase tudo: sobraram só 10 reais. Já eram 5 horas da manhã e ele tinha que voltar para casa de táxi.

Ele saiu do bingo e foi até um ponto de táxi, e perguntou pro motorista:

- Oh, mano, eu tenho só 10 paus e tenho que ir até Sapopemba. São 5 da manhã e tá um frio danado... Quebra o meu galho, vai!

O motorista não deu a mínima e falou:

- Eu não trabalho pra sustentar vagabundo que joga dinheiro fora.

O cara ficou pê da vida e, já que estava tudo perdido mesmo, resolveu gastar o restinho no Bingo.

Teve uma sorte dos diabos e ganhou 1000 reais. Pensou consigo mesmo e resolveu voltar para o ponto de táxi. Quando chegou lá, viu que o taxista mal educado estava agora na última posição da fila do ponto.

Chegou para o primeiro taxista da fila e falou:

- Oh, chefe, eu te dou 200 pilas se você me levar pra casa e, no caminho, fazer sexo oral em mim...

O taxista ficou nervosíssimo e quase bateu no cara.

Ele vai no segundo taxista e faz a mesma oferta. Esse também fica bravíssimo e diz que não levava nem a pau.

O sujeito sai fazendo essa proposta táxi por táxi e sempre recebendo a mesma resposta. Finalmente, chega até aquele taxista mal educado, abre a porta, entra no carro e fala:

- Oh, mano, agora eu arranjei grana, pode manobrar o carro e ir pra Sapopemba.

O taxista sai com o carro, passando na frente de todos os outros taxistas. O passageiro cutuca o ombro dele e pede:

- Agora, dá tchauzinho para os seus colegas, dá!

Meio Gay



Todos os meus amigos sempre me acharam meio gay, inclusive eu.
E hoje, pela primeira vez, um amigo me perguntou:

- Qual parte você é gay? A de cima ou a de baixo?
- A de cima!
- E a de baixo?
- Homofóbico!

Respondi de bate pronto e percebi que nunca tinha pensado nisso. E achei genial. Ser gay na parte de cima é:

- Chorar em final de comédia-romântica;
- Adorar os amigos gays;
- Achar filme europeu melhor que americano;
- Amar Caetano, Gil, Gal e Bethânia;
- Sua amiga achar você sapatão;
- Achar Freddie Mercury o máximo;
- Ficar enjoado em barco;
- Somatizar os problemas;
- Ser carinhoso com amigos homens;
- Ser mais româtico do que mulher.

Ser homofóbico na parte de baixo é:

- Não aceitar fio terra;
- Só ter saídas, nunca entradas;
- Pensar com a cabeça de baixo;
- Chutar canela no futebol da galera;
- Não cortar as unhas do pé;
- Não tomar sol de costas em cadeira de praia;
- Nunca subir escada com a ponta dos pés;
- Dormir de valete, quando divide o colchão com outro homem;
- Não ficar nu na frente de gay;
- Ter tesão em mulher acima de todas as coisas.

Pois eu sou assim. Metade macho, metade gay.

por Matheus Tapioca em http://www.farinhademandioca.net

Ah, esse Manuel Joaquim...


Lisboa, Portugal

Querido filho Manuel Joaquim:

Escrevo-te esta linha para que saibas que a mãe está viva.
Vou escrever bem devagar, pois sei que não consegues ler depressa.
Caso estejas sem tempo de escrever à mãe, manda uma carta dizendo que quando estiveres mais tranqüilo vais mandar notícias.

Se tu viesses hoje aqui em casa não irias reconhecer mais nada, porque mudamos.
Temos agora uma máquina de lavar roupa. Mas não trabalha muito bem.
Na semana passada pus lá 14 camisas, apertei o botão e nunca mais as vi.
Vai ver que esta marca Hydra não é das melhores.

Tua irmã Maria está grávida. Mas ainda não sabemos se vai ser menino ou menina. Portanto, não podemos te dizer se vais ser tio ou tia.
Teu pai arranjou um bom emprego. Tem 2300 homens abaixo dele. É o responsável pelo corte da grama do cemitério.

Quem anda sumido é teu tio Venâncio, que morreu no ano passado.

Lembra-te do teu tio Joaquim? Então, afogou-se no mês passado num depósito de vinho. Oito compadres dele tentaram salvá-lo, mas o tio lutou bravamente contra eles. O corpo foi cremado há duas semanas.
Levaram oito dias para apagar o incêndio.

Os engarrafadores de refrigerante aqui finalmente tiveram uma grande idéia de colocar uma indicação na tampinha, dizendo "abra por aqui".
Facilitou-nos muito a vida. Espero que os daí façam a mesma coisa.
Caso esteja difícil para ti, a mãe te manda algumas garrafas.

Teu irmão, João Manuel, continua o mesmo de sempre. Semana passada fechou o carro com as chaves dentro. Perdeu um tempão indo até a casa pegar a cópia da chave, para poder tirar-nos todos de dentro do automóvel.
Estava um calor de rachar. Por falar em calor, o tempo aqui está muito estranho.
Esta semana só choveu duas vezes.Na primeira vez choveu durante 3 dias.
Na segunda vez choveu durante 4 dias.

Esta carta te mando através do Gabriel, que vai amanhã para aí. A propósito, será que podes pegá-lo no aeroporto?

Lembrei de uma coisa importante. Terás um problema para falar com a mãe, caso decidas escrever-me. Não sei o endereço desta casa nova. A última família que morou aqui, antes de nós, também era portuguesa e levou a placa da rua e o número da casa para não precisar mudar de endereço.
Se encontrares a Teresa, dê-lhe um alô da minha parte. Caso não a encontres, não precisas dizer nada.

Adeus. Tua mãe que te ama. Fátima Manoela da Alcova.

P.S.: Ia mandar-te 2000 euros, mas fica para outra vez. Já fechei o envelope!


*****


São Paulo, Brasil

Querida mãezinha, recebi sua carta semana passada e escrevo-te estas linhas como resposta. Mas como não sei de certo seu novo endereço, na dúvida deixarei o destinatário em branco. Eu até comprei um computador e tentei enviar-te a carta por e-mail, mas não deu muito certo, é só a gente errar uma letrinha se quer e não tem borracha suficiente que apague.

No caminho pra cá pra São Paulo, descobri uma coisa que me deixou muito contente em saber.
Dizem por aí que nós portugueses somos burros, mas ora pois, burros são os brasileiros! Acreditas que no avião encontrei um brasileiro tão burro, mas tão burro que eu falei a ele que eu era gay e o tonto acreditou. Viemos transando o caminho todo.

São Paulo é uma cidade muito perigosa, eu ouvi dizer que aqui um homem é assaltado a cada cinco minutos. Deve ser um sujeito muito azarado coitado. Outro dia destes aconteceu uma coisa parecida comigo com a que aconteceu com meu irmão, eu sem querer também tranquei o carro com as chaves dentro. Andei 15 km a pé até meu apartamento para pegar a chave reserva, o pior é que quando voltei o carro tava todo molhado, porque começou a chover e eu esqueci o teto solar aberto.

Eu fico feliz pelo pai ter arrumado um bom emprego, mas eu aqui já não tive a mesma sorte. Eu consegui um serviço de vendedor de calçados, no segundo dia de trabalho meu patrão mandou que eu fizesse uma queima de estoque e quando o incêndio já estava chegando ao quarteirão ao lado, o gerente me mandou embora.
Acabei com o pouco dinheiro que tinha ao comprar uma caixa de naftalinas para matar as baratas que andam pelo meu quarto. O problema é que minha pontaria é uma droga e não consegui acertar nenhuma.

Tentei a sorte na loteria, mas ao conferir o jogo, descobri que tinha empatado com outro. Joguei o bilhete fora, eu sabia que não ia dar certo. Nem ao menos posso me divertir andando de skate. Aqui no Brasil só tem subida, ora pois!

Estou apreensivo para ver-te novamente.

Adeus.
Teu filho amado.
Manoel Joaquim.

Bolo de banana


Ingredientes

- 2 bananas-prata
- 1/2 xícara (chá) de manteiga (em temperatura ambiente)
- 1 xícara (chá) de açúcar
- 2 ovos
- 1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
- 1 colher (chá) de fermento em pó
- 1 colher (chá) de essência de baunilha
manteiga e farinha de trigo para untar e polvilhar



Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).

2. Unte uma fôrma de bolo inglês com manteiga e polvilhe com farinha de trigo.

3. Sobre uma tigela, peneire a farinha e o fermento.

4. Descasque as bananas e amasse-as com um garfo.

5. Na batedeira, junte a manteiga com o açúcar e bata à velocidade alta até obter um creme fofo.

6. Sem parar de bater, adicione os ovos, um a um. Junte as bananas já amassadas. Reduza a velocidade e adicione a farinha com o fermento aos poucos. Junte a essência de baunilha e bata apenas para misturar.

7. Transfira a massa para a fôrma untada e leve ao forno preaquecido para assar por 40 minutos. Para conferir se o bolo está pronto, espete um palito: se sair limpo, está no ponto.

8. Retire o bolo do forno, deixe esfriar e desenforme sobre um prato de rocambole. Sirva a seguir.

Fonte: www.fuzarca.blogger.com.br

Desabafo sincero


Todo mundo deve ter visto que teve Teleton no final de semana que passou e eu, como todo ano, faço minha doação. Esse ano não conseguia por nada e reclamei no twitter...

@RodriigoSantos Ainda não consegui doar... a gravação da @Vivoemrede diz que o número não existe. Como lidar?

Recebo uma DM da atendente da Vivo.

@VivoEmRede Detalhe o problema para que possamos ajudá-lo. Laís

@RodriigoSantos Não consigo fazer a doação para o Teleton e ouço a ligação de outros

@VivoEmRede O senhor está ligando de um telefone fixo ou de um celular? Laís

@RodriigoSantos De um celular.

@VivoEmRede Faça um teste ligando do fixo para ver se vai dar certo. Laís

@RodriigoSantos Desculpa a franqueza, mas se fosse pra ligar do fixo ou se eu tivesse problemas com ele falaria com a Oi que é a operadora do meu fixo.

@RodriigoSantos Mas de qualquer forma agradeço pela atenção, Laís.

@VivoEmRede Eu que agradeço seu contato e permaneço à disposição. Laís



Resumindo, não consegui fazer a doação e ainda escuto ligação de outros..





Livre pra viver


Então deixa ser do jeito que eu sei
Que é bom pra mim
Não ligo se acha bom ou ruim

Sigo minhas regras, goste ou não
Só importa se vier do coração
E olha lá, tem gente que acha que "tá" acima da razão

Igual quando eu ligo o rádio e a televisão
Que não vejo nada interessante
Só a mesma babozeira chata de antes

Deixa eu falar
Eu sei o que é bom pra mim
E nada vai mudar o que eu sou
É como penso

Se reparar que muita gente fala, fala
E no fundo não diz nada
Tem coisa errada

Se eu sumir, se eu quiser fugir
Livre pra viver o que eu sou
Dono do que é meu
Isso não vai mudar
Se isso é ser rebelde
Então é o que sou

Ás vezes eu sinto que estou na contra mão
Mas ninguém vai mudar minha direção
Não me julge porque penso diferente
A vida me mostrou que devo olhar pra frente

Tem gente que acha que pode me manipular
Falando bonito, se achando o "pá"

Mais uma vez, nada interessante
Só a mesma babozeira chata de antes

Deixa eu falar
Eu sei o que é bom pra mim
E nada vai mudar o que eu sou
É como penso

Se reparar que muita gente fala, fala
E no fundo não diz nada
Tem coisa errada

Se eu sumir, se eu quiser fugir
Livre pra viver o que eu sou
Dono do que é meu
Isso não vai mudar
Se isso é ser rebelde
Então é o que sou

Sempre olhar pra frente
Nadar contra a corrente
Viver sem medo de ser verdadeiro

Jogar para fora
O que tem por dentro
Sem desistir, sem desistir

Se eu sumir, se eu quiser fugir
Livre pra viver o que eu sou
Dono do que é meu
Isso não vai mudar
Se isso é ser rebelde
Então é o que sou

Versos mudos



Marjorie Estiano
Composição: Alexandre Castilho, Marcus Menna, Victor Pozas 

Sei que já tentei de tudo
Sei que já não quero mais lembrar
Só não sei como dizer pra mim
Toda vez eu me pergunto
Quem será que pode completar
Esses versos mudos que eu escrevi?

Pra tentar me convencer
Que eu consigo sem você
Respirar enfim, um momento só pra mim
E deixar a vida acontecer

Aos poucos vou reconstruindo
Aos poucos tudo volta pro lugar
Escutando a alma dizer que sim
Nesse mundo desatino
Espero a nova rima me encontrar
Nesses versos mudos que eu escrevi

Pra tentar me convencer
Que eu consigo sem você
Respirar enfim, um momento só pra mim
E deixar a vida acontecer

Pra tentar me convencer
Que eu consigo sem você
Respirar enfim, um momento só pra mim
E deixar a vida acontecer

***

Mesmo passando o tempo, essa música ainda mexe comigo de forma significativa...
Sei o quanto consigo dramatizar, mas não quero ser a pedra no caminho como tenho sido. Só quero viver na tranquilidade. Vamos tentar juntos? ;D

Aconteceu comigo...


Marquei em negrito as coisas que aconteceram comigo...

A vela do bolo de aniversário nunca apagava no primeiro sopro. 

• Dois namoradinhos, só faltava dar beijinho. 

Já tentei imitar a risada do Pica Pau. 

Já gritei pra loira do banheiro vir me pegar no banheiro da escola e sai correndo. 

Quando meus dentes estavam moles, eu ficava cutucando eles com a língua. 

Raspava isopor na parede para fazer “neve”. 

Fui a china-na, saber como era a china-na, todos eram china-na, lig lig china-na! 

Já fiz uma tatuagem com a figurinha que vinha no chiclete. 

• Misturava os shampoos para poder criar um novo tipo de shampoo enquanto tomava banho. 

Tinha medo do boneco Fofão e do Chuck – Boneco Assassino. 

Ficava treinando minha assinatura para que quando eu crescesse, pudesse usar. 

Eu sempre acabava comendo a pasta “Tandy” de tutti frutti, de morango ou de uva ao invés de usá-la para escovar os dentes.

• Já tive uma amoeba.

• Já tive um amigo imaginário.

• Morria de medo do Homem do Saco.

Enquanto isso na cidade de Townsville…

• Tive uma maquininha de pipoca da Eliana. KKK

Tênis com luzinha era essencial.

Sempre tive curiosidade de ver a cara da secretária do prefeito de “As meninas Super Poderosas”.

No primeiro dia de aula, a professora sempre pedia para fazermos uma redação sobre o que fizemos nas férias.

• Quando era menor, queria que existisse um Big Brother para crianças.

• Babaloo foi à escola aprendeu o beabá, a danada professora ensinou a namorar: 7 e 7 são 14 com + 7, 21 tenho 7 namorados, mas não gosto de nenhum.

Fazia desenhos nos vidros dos carros empoeirados.

Comprava um chiclete que vinha numa bandejinha que era ovinhos de dinossauro (ovitos).

Sonhava em vender limonada na porta de casa.

Eu sempre torcia para a barriga da Poh dos Teletubbies ser a escolhida para passar o filminho.

• Eu tinha canetas com glitter e que tinham cheiro de frutas.

• Sempre que o avião passava eu dava tchau pra ele.

• Sempre tinha uma atividade escolar que tínhamos que recortar letra por letra das revistas para montar palavra.

Sonhava em fazer uma guerra de travesseiros que saíssem um monte de plumas como nos filmes..(e ainda sonho)

Minha mãe sempre dizia: Nunca aceita balas ou doces de estranhos na rua.

Os meninos queriam ser jogadores de futebol e as meninas modelos. Nem todos.

Já tive uma piscina azul de plástico.

Já fingi que estava dormindo quando minha mãe foi no quarto, pra ela ficar com dó e não me acordar.

Cuspia/jogava coisas da janela para cair nas pessoas que estavam passando embaixo e me escondia.

Jogava o jogo da cobrinha no celular, aquela que conforme comia, ela aumentava de tamanho e não podia tocar em si mesma.

Colocava um travesseiro ou uma bola debaixo da blusa e fingia que tava grávida/o.

Sempre quis ver o cara de pau de quem manipula o Louro José.

Odiava as professoras que escreviam meu nome no quadro quando eu tava conversando.

Brincava de ficar batendo a bexiga para cima e não podia deixar ela cair no chão em hipótese alguma.

Odiava aquele elástico do chapeuzinho de aniversário que apertava o pescoço.

• Quando gostava de algum personagem de filme/desenho, ficava falando que era ele.

Brincava de “Pega Varetas” e sempre tentava pegar as pretas porque valiam 50 pontos.

Deitava na rede, fechava ela comigo dentro e pedia para que me balançassem bem forte.

Odiava quando comprava pacotinhos de figurinhas para colocar no álbum e só vinha repetidas.

• Já coloquei nas costa de um amigo de sala um bilhetinho escrito: Me chute! (mas não aconteceu NADA Kk’)

Sempre bebia um suquinho horrível, só porque ele vinha num saquinho no formato de celular, arminha, carrinho ou patinho.

Adorava o cheiro de gasolina e de tênis novo. Ainda gosto.

Tive um estojão (que parecia um fichário) que tinha canetinhas, lápis, giz de cera, réguas, tinta… Tudo acoplado nele.

Me sentia num filme quando minha mãe lia uma historinha antes de dormir.

• Tinha medo de deixar meus chinelos virados, porque pensava que meus pais morreriam.

Eu brincava de tentar não pisar nas rachaduras do chão.

Sempre que achava uma pedra “diferente” na rua, eu levava pra casa pra guardar pensando que podia ser preciosa.

Meu tamagoshi quase sempre morria…(quase??)

Eu chutava a parede pra balançar a rede quando ninguém queria me empurrar

Já tive geloucos

Infância... era tão boa. Quem nasce hoje em dia NUNCA vai ser criança como nós fomos...

Será que ele é?


Acredito que todo pai vive com o fantasma do filho ser gay. O meu, no dia em que nasci, em meio à ditadura, gritou bêbado: “Prefiro ter um filho ‘viado’ do que militar!”. Talvez, por isso, achou que eu era gay quando fui dividir apartamento com um amigo e vim morar em São Paulo.

Quem já dividiu um apartamento com um homem sabe: todo mundo pensa que você e seu amigo são gays. Em Salvador, minha pobre mãe pediu para o zelador interfonar:

- Por favor, o senhor poderia chamar Matheus?
- Matheus? Aquele que mora com outro?
- É… Esse mesmo!

Coisa é fazer compras de supermercado juntos. Os dois andando pelos corredores, empurrando o carrinho e sendo observados pelas donas de casa com seus maridos. Viramos a atração do hortifruti enquanto escolhemos os legumes e as verduras.

Os técnicos da TV a cabo foram instalar o aparelho. Passado algum tempo, meu colega sai do quarto dele, não o meu, nem o nosso, o dele. Os técnicos entreolharam-se até que eu perguntei:

- Já instalou o Sexyhot? (canal de filme pornô, heterossexual)

E quando a sua vizinha é uma mulher que ficou pra titia, cuida da mãe e participa da quermesse da Igreja, pergunta:

- Vocês compraram o apartamento?

Homem é assim mesmo. Nunca saímos da puberdade. Quando masculinidade se mede pela quantidade de álcool que se bebe e de mulher que se pega. Precisamos nos autoafirmar o tempo inteiro. Principalmente quando questionam nossa sexualidade.

Também sou assim, mas não posso negar que tenho um lado feminino bem acentuado. Nunca fui muito bom de bebida, nem de pegar muita mulher. Choro em final de novela, sou romântico e fã da música “Super Homem – A Canção” de Gil. Mas não, meu pai. Eu não sou gay.


Por Matheus Tapioca em www.farinhademandioca.net

Rapidinhas



Solitude

Um apartamento vazio sem móveis. Chamar um táxi com passageiro. Perder um ônibus. Uma mão no ar. Um mendigo. O eco. Um deserto. A morte. Uma dor. Telefone mudo. Um serial killer. Um voyeur. Uma puta. TV ligada. Um paciente sem acompanhante. Réveillon sem abraço. Geladeira vazia. Órfão. Insônia. Masturbação. Monólogo. Cama de solteiro. Uma sepultura. Vomitar. Uma cama arrumada. Suécia. Nissin Miojo. Um faroleiro. Passarinho na gaiola. Cozinhar para si. Acordar sozinho. Tomar uma cerveja sozinho. Almoçar um PF sozinho. Sair sozinho. Viajar sozinho. Não dormir com o barulho de uma goteira. Assistir ao Faustão. Passar no caixa de “10 Volumes” do supermercado. Ouvir dezenove vezes a mesma música. Aprender a cozinhar. Conversar em voz alta consigo mesmo. Conversar com um estranho no balcão do bar. Não existe mesa para um, só para dois.

Texto escrito por Matheus Tapioca em www.farinhademandioca.net


Sem sentido

Vida estranha
Me arranca as intranhas
Me tira do rumo, do prumo

Vida estranha
Me arranha, me joga no chão
Me morde, me assopra, me cobra

Vida estranha
Sem sentido, sem razão
Sem amigos, sem tesão

Vida estranha
Me leva daqui
Faz o que quer de mim
Me mata, me arrasa
Me afasta...
 
Textículo escrito por Rodrigo Santos (Eu) ;D
 
 
Bom, é só. Obrigado pela visita, volte sempre e apaga a luz antes de sair, ok!?

Monólogo de um assassino


Vontade de matar? Sempre tive. Quando criança, queria matar professores.
Às vezes meus irmãos e em outras, até meus pais. Ninguém nunca me entendeu.
Até tentavam. Tentavam me modificar. Fazer que eu fosse como os outros garotos.
Nunca fui como os outros garotos. Nunca quis ser como os outros garotos.

Odiava falar de futebol, carros... e até sobre as garotas. Não. Não sou gay.
Só não gosto de abrir minha intimidade para qualquer um. Sou um cara reservado.
Amigos? Nunca os tive. Meu único amigo sempre foi, e sempre será, meu canivete.
Ele sempre esteve comigo, desde... a NOSSA primeira vez. Lembro-me bem...

Estávamos em uma excursão de colégio, um garoto de outra turma veio
pra cima me xingando e dizendo que eu era uma mulherzinha. Não tive escolha.
Marquei o infeliz para o resto da sua vida. Não o matei, achei que ele não merecia.
Devia estar vivo para que quando acordasse todas as manhãs lembrasse de mim.
A mulherzinha que acabou com seu LINDO rosto. Plásticas? Ele tentou várias.
Nenhuma delas conseguiu tirar a enorme cicatriz do Billy.

Billy é o nome do meu canivete suiço. Ele é vermelho.
Tem seu nome está estampado próximo ao desenho de um dragão.
Sempre gostei de dragões. Por isso tatuei um igual na mão esquerda.
A mesma que eu uso quando estou com o Billy, meu único amigo.

Não mato por esporte, nem tão pouco por prazer.
Mato se tentam me ferir. Mato quando entram no meu caminho.
Sou um assassino, confesso. Não me questione, nem discorde comigo.
Porque se o fizer, só farei uma pergunta: "Gostaria de conhecer o Billy?"
E depois disso, um corte na garganta fará que você se cale para sempre.

 Autor: Rodrigo Santos

Dramas, tramas e um pouco de sacanagem...


Era uma vez um distante reino, ele se chamava Leal Aurelino. Todos os habitantes do lugar viviam felizes. Bom, todos não. Existia um grupo que era contra o Rei, afinal eles conheciam todas as suas armações e tiranias. Esse grupo era chamado de RECLAMADORES RECLAMANTES que RECLAMAM do REI, ou R4 como era mais conhecido.
Para a maioria da pessoas, o rei era um homem bondoso, que se importava com seus "colaboradores", mas o que eles desconheciam era que ele era um tirano, que cobrava as maiores taxas de todo reino.
O rei era conhecido por ser um tanto quanto sistemático e por comprar virgens do reino vizinho, mas seus admiradores não o viam isso como defeito ou promiscuidade, e sim como uma qualidade, e o apoiavam em tudo. Enquanto isso, num quartinho velho e empoirado do enorme castelo, vivia um pobre rapaz. Seu nome era Roberto Raimundo Rodrigues Machado, ele era um rapaz forte, corajoso e esforçado. Desde que nasceu, foi colocado no castelo para servir ao rei e sua família. Aquele que antes limpava o borralho da cozinha, hoje cobrava os altos impostos e taxas estipuladas pelo rei.
Cansado de ceder aos caprichos do Ayrespídio Freitanildo, o rei, Roberto decidiu se juntar ao grupo R4, com a intenção de conseguir sua liberdade.

***

Reuniões e mais reuniões, o R4 se reunia sempre aos fins de tarde na cozinha do castelo, tramando o que poderiam fazer para que o rei caísse. Muitas conversas e nenhum veredito. Todos tinham as idéias mais absurdas: de envenená-lo com chumbinho a fazê-lo pegar AIDS de uma falsa virgem. O grupo só queria que o rei pagasse por suas tiranias.

_Vou abandonar o castelo - disse Roberto - sem mim, ele não receberá mais o ouro e empobrecerá.

Todos aplaudiram Roberto. Uma idéia simples, mas que poderia dar um bom resultado. E assim ele o fez, foi até o rei e disse:

_Tomei uma decisão. Vou me mudar para o reino vizinho - o rei olhava incrédulo - quero alçar novos voos. Quero ser livre.

Sem reação, Ayrespídio Freitanildo nada pode fazer e deixou que seu servo partisse.
O pobre rapaz tinha esperanças de conhecer um novo mundo, fazer amigos e quem sabe realizar seus maiores sonhos. Mas o seu mundo desmoronou quando ele conheceu seu novo rei, Valdecinío Souzeterra.
Valdecinío parecia ser um sujeito boa praça, tranquilo, mas em questão de poucos dias se mostrou tão tirano quanto Ayrespídio.
Roberto viu seu mundo cair. Se viu na beira de um precipicio pronto para ser jogado contra pedras rochosas. Quando, por fim, conheceu aquele quem o substituíra no reino Leal Aurelino.
Rafaelino Albuquerque de Bragança Silva de Souza Lopes Trovão Junior Neto era seu substituto. Sujeito arrogante que logo lhe despertou desconfiança e despeito por ocupar tão mal seu lugar.
Pouco tempo passou, Roberto sempre ia visitar seus amigos no reino de Leal Aurelino, mas nunca via seu substituto, que sumia sempre que dava a hora do chá. Mas um dia...

_Rafaelino, levou uma grande quantidade de ouro para comprar comida e não voltou.
_Será que - um dos funcionários do rei começou a falar - não, ele não faria isso.
_Perdi todo meu ouro - disse o rei desacreditado.

Sem que o rei percebesse, uma das integrantes do R4 vai até o reino vizinho com sua mula quatro cascos, couro malhado e dentes tortos. Everalina Francisca Dá CUnha Conceição vai ao encontro do antigo companheiro de grupo e lhe conta toda a história. Roberto, por sua vez, resolve voltar ao reino e ajudar seu rei.

***

_Oooohhh - exclamavam todos com a chegada de Roberto.
_Ele voltou - sussurrava um menininho - será que ele vai ajudar nosso rei?

Roberto olhava a todos e pensou que essa seria a deixa e a oportunidade que precisava para voltar ao reino e com todas as glórias e triunfos. Voltaria como herói e não como um simples rebelde que se recusou a participar das orgias do rei.
Todos depositaram sua confiança e torcida naquele que um dia virou a piada do reino. Diziam que Roberto tinha abandonado o reino porque teria se vendido por 10 moedas de ouro ao outro rei, que o usaria como um adorno em suas festas. Diziam que ele ficaria nu no salão e serviria para segurar casacos como um cabide.

Guardas cercavam todo o castelo, o reino ficou em alerta geral, Roberto conhecia cada centímetro do lugar, cada pessoa, cada casa como a palma da sua mão...

_Que bagulho é esse na minha mão?

Bom, vamos fingir que ele conhece a própria mão. Continuando, ele rondou todo reino atrás de Rafaelino, mas não o encontrou. Na casa daquele que o substituira não havia ninguém, só uma placa que dizia "VIAJAMOS PARA CANCÚM, VOLTAREMOS EM BREVE".
Roberto se recusava a acreditar que o ouro do rei estaria perdido e disse que ele espalhasse pelo reino que aquilo era um teste e que todas as moedas eram, na verdade, pirita, o ouro-dos-tolos e assim o rei o fez.
No dia seguinte, foi encontrado na porta do rei uma sacola com todo o ouro e um bilhete.

"Perdi o ouro, mas levei uma de suas virgens comigo..."

_Há, há, há... Quem foi que ele levou?
_Ele levou a novata. A Letíciana Piriguettis, senhor.
_Pobre rapaz, há, há, há - disse o rei tentando parar de rir - ela era um castigo para funcionários que se comportavam mal. Ela é um travesti. Há, há, há...

Todos riam e comemoravam. O rei aceitou Roberto de volta lhe dando todo o crédito pelo ouro recuperado e todos receberam-no com todos os méritos. E então, após o grande roubo, Roberto está volta ao seu lar, onde viveu feliz para sempre... ou até o dia de postagem desse conto.

Mergulho no passado...


Queria escrever aqui, mas não sabia por onde começar. Aconteceram muitas coisas e finalmente consegui um emprego novo que tem tudo pra dar certo.
Revirando umas coisas, encontrei um caderno antigo e um texto de quando eu tinha uns 14/15 anos, não tenho certeza, mas acho que já postei ele aqui. De qualquer forma, postarei de novo ou não, dessa vez melhor escrito ou não.

O sonho (por Rodrigo Santos)

Noite de verão, um homem e seu filho chegam em sua casa de praia onde passariam as férias.
Cansados, logo caem num sono profundo. No meio da madrugada, o homem acorda,
se levanta e resolve ir até o quarto do filho para verificar se está tudo bem, mas
encontra a cama vazia.
Desesperado, ele desce as escadas chamando pelo garoto que não responde.
Olha pela janela e vê um pequeno vulto andando na praia, em direção a água. Ele corre.
Quando o alcança, tudo parece escurecer e ele acorda. Assustado, Daniel se levanta,
vai até o banheiro, lava o rosto e volta até o quarto. Em cima da cabeceira da cama,
uma foto sua e de seu pai.
Ele lembra de todos os momentos em que estiveram juntos naquela mesma casa onde
passavam as férias de verão. Lembra, inclusive, daquela noite em que seu pai evitou que
ele se afogasse no mar.

...

No dia seguinte, Daniel decide ir até a praia e olhar o mar. O mesmo mar que ele
admirava quando criança, o mesmo mar que matou seu pai afogado dias depois daquela
noite. Ele viu toda sua vida passando como filme pelos olhos, caminhou em direção
à água e disse "Estou indo te encontrar, papai." e desapareceu na imensidão do mar.

Fim

Bom, é isso. Eu era mais novo, nem sei o que me deu quando escrevi isso, mas essa história já sofreu várias alterações. Em uma delas, ninguém morreu e tudo não passou de um pesadelo, um sonho ruim. Mas na história original o final é esse. Lembro como se fosse hoje como fui elogiado pela história. Que estava bem escrita e tal.
Agora voltando ao assunto do trabalho novo. Começo na segunda.
Tô super ansioso, mas tô confiante. Quero que dê tudo certo.
E tenho certeza que vai dar. E explicando o título do post, é que
dei uma olhada nas postagens mais antigas. Nos posts que mostram os
dramas da minha vida que, graças a Deus, está indo bem. É isso!!

Ass.: RodrigoSantos

Carlos, três dias morto...


Estava na minha cabine individual, concentrado em planilhas do excel, no que dar de comida para o cachorro, na hemorróida da minha avó e no que almoçar, quando ao olhar para o lado percebo que Carlos estava passando mal. Tossiu duas vezes e apagou. Observei atentamente e fiquei chocado como ninguém fez nada.

Carlos então, começou a estribuchar, bateu a cabeça no monitor enquanto tentava levantar e acabou derramando muito sangue. Olhei para aquela cena e percebi que tinha de fazer algo, levantei e gritei:

"Vocês não vão fazer nada!?"

Era horário de almoço, e eu era o único na sala. Desci, fui almoçar uma picanhazinha no alho com batatas fritas que eu adoro. Quando voltei, sentei e olhei para Carlos como quem não quer nada e, para minha surpresa ele estava vivo, me olhou como quem pedisse ajuda, se arrastou uns dois metros e desmaiou, em estado de choque entrei no MSN, pus o nick:

"O Carlos está morrendo! Façam alguma coisa! Brasil rumo ao Hexa!".

Desesperado, fiquei offline, online, offline, online... Todos devem ter visto o nick, mas ninguém fez nada. Pulei o corpo de Carlos e fui beber água para me acalmar. Passou três dias ali e ninguém fez nada.


Ass.: RodrigoSantos

Texto original na Comunidade "Carlos, 3 dias morto e nada" do site www.naosalvo.com.br

O conto do Vigário


Sete horas. Maria Perpétua do Socorro, moradora de uma favela do Rio de Janeiro, sai para seu trabalho. Maria é doméstica e, apesar de ser casada, sustenta a casa sozinha. Seu marido, Vigário é um malandro com M maiúsculo. Sempre inventando desculpas para não trabalhar e encontrando defeitos nos poucos trabalhos que conseguiu.

Com fama de pegador no bairro, mesmo depois de casado, Vigário dava suas puladas de cerca. Maria, por sua vez, não acreditava nos comentários "maldosos" dos vizinhos e dizia amar o marido, não se importando de sustentá-lo.

Vigário era esperto e sua amante, Bianca Lábios de Mel, como era chamada por todos também. Vigário tinha uma técnica. Quando Maria deixava a casa para ir trabalhar, ele colocava uma garrafa de água em cima do medidor de luz para Bianca poder visitá-lo sem correr o risco de ser pega no flagra.

Certo dia, Maria esqueceu seu celular e voltou até em casa. Vendo a garrafa em cima do medidor, foi cobrar explicações do seu amado marido e só o que ouviu foi:

"Preocupa não, Maria. Essa garrafa aí faz economizar energia."

Ass.: RodrigoSantos

Conto inspirado na lenda: http://www.e-farsas.com/lendas_luz_agua.htm

Liberdade (?) roubada


Confusão, pensamentos distorcidos, sonhos, pesadelos, morte, fantasmas...
Tudo isso aparece bem na hora de dormir. Estranho? Talvez.
Se eu não conhecesse as reações do meu corpo.


Passo muitas horas do dia em quem eu consigo limpar completamente a mente, faço com que pareça uma grande sala escura. Sem sons, sem pessoas, sem um ruído sequer.

Tenho um auto controle bastante aguçado, depois de certos acontecimentos, mas é, justamente, na hora em que eu vou dormir (entre 23h e 0h) que todo esse controle vai para o espaço. Minha cabeça explode em pensamentos para me deixar acordado. Minha cabeça insiste em trabalhar quando, na verdade, deveria se aquietar.

Se imagino uma sala escura para acalmar os ânimos, as coisas mais sombrias acontecem. Rompem-se paredes, pessoas aparecem falando alto, minha criatividade aflora.

Há algum tempo, quase 4 anos para ser mais exato, passei a viver mais de noite. Dormia muito tarde e com isso, minha cabeça mostrou o que ela podia fazer durante a noite. Ficava mais criativo, conseguia ter discernimento dos mais diversos assuntos.

Hoje eu trabalho e ficar acordado até altas horas da madrugada tendo idéias bacanas, seja para escrever, seja para criar algo já não é possível. Preciso dormir e descansar para poder encarar o dia seguinte tranquilamente.

Como eu disse, meu auto controle nesse momento vai para o espaço. Minha cabeça dói, pensa, cria, fala. Faz de tudo para não me deixar dormir. Faz de tudo para me convencer que o melhor para mim é fazer o que mais gostamos de fazer juntos: ter liberdade.

Liberdade. É o que eu tenho aqui, não é!? Liberdade para escrever e publicar o que eu quiser, até pensamentos distorcidos, confusões, sonhos, pesadelos, morte, fantasmas...


Ass.: Rodrigo Santos ("Somos todos bons e, somos todos maus." Lila, em DEXTER)

A vida é clichê


A vida é clichê:

Carpe Diem.

Ter uma “casa no campo”.

Ter um amigo guardado no lado esquerdo do peito.

Sonhar em viver de amor.

Ter um ombro para chorar.

Assistir Comédia Romântica.

Chorar e dizer que ama todo mundo quando se está bêbado.

Comer chocolate na depressão.

Viver as coisas simples.

Cantar Wando.

Comer acarajé com Coca-Cola.

Pedir a mão em casamento na Torre Eiffel.

Cheiro de chuva.

Passar férias na Bahia.

Happy end.

Vivendo e aprendendo.

Falar do clima no elevador.

Novela de Manoel Carlos.

Cresça e apareça.

Cantar “Andança” em luau.

Tocar “Eu sei que vou te amar” em serenata.

Mandar flores no dia seguinte.

Comer pizza no domingo à noite.

Amarrar fitinha do Senhor do Bonfim.

Começar dieta na segunda-feira.

Jurar que nunca mais vai beber.

Escrever cartão no Dia dos Namorados.

Pintar o dente de preto no São João.

Se vestir de mulher no carnaval.

Falar “Sou careta” pra quem oferece um baseado.

Ouvir “Estou com o sistema nervoso” do porteiro.

Gritar “Toca Raul!” em show.

Namorar no sofá da sogra.

Pichar o asfalto pra namorada.

E este texto clichê.

Por Matheus Tapioca em www.farinhademandioca.net